terça-feira, 17 de novembro de 2009

Bitch!



Ok. Pronto. Já chega.
4 dias a choramingar, ai coitadinha de mim
que o falecido me chamou pêga!
E não só, não só meus amigos, fez muito mais, fez muito feio
Mas já não durmo com o inimigo, agora durmo com o receio
Que se diga de passagem, é bem mais companheiro, anda comigo o dia inteiro!
A verdade é que não tenho muita pachorra para os meus lamentos, e para qualquer propensão a dramatizar
Ou fodes ou sais de cima, não andes só por andar
Sei bem que de vez em quando posso chorar e maldizer
Que posso ter fraquezas, e sofrer
Mas pouco! Menos, por favor!
Faz-te forte! Ainda muito terás que suportar, muitos sustos, muita raiva, muita dor.
Mais vai passar! Tudo passa! E eu continuarei linda e maravilhosa, e cheia de cor!
Hoje alguém me disse “Bolas! Solta a cabra que há em ti! Para puta, puta e meia!”
Estamos a ver que a coisa vai ficar ainda mais feia!

Vou pensar nisso!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Escárnio


Se ao menos não me doessem as costas para deixar de matutar que ando lá com um machado enterrado
Se ao menos não fumasse e não soubesse que me espera o suplicio da desintoxicação deste vicio mal fadado!
Se ao menos tivesse energia para tratar do meu canastro e pô-lo a mexer, a correr e a esticar
Se ao menos as 300 mensagens alojadas na caixa de correio do meu telemóvel me fizessem sorrir em vez desta contracção muscular
Se ao menos (es)tivesse (n)a minha casa, sem ter chaves emprestadas, nem andasse aos tropeções
Se ao menos soubesse das minhas coisas, no meio deste imbróglio de malas e gavetas dos sete anões
Talvez não vos fizesse tanta confusão o som da minha risada, o ar da minha diversão, a minha certeza que é só um atalho para…para vos mandar para o caralho!

Ah! Como seria do vosso contento que chorasse que nem um jumento
Para poderem mostrar a vossa tão grande compaixão
Que andasse que nem um cão, triste, desconsolada, mal amada
Para poderem justificar a vossa opção
Para vos ouvir perguntar “Não te estás a precipitar?”
Mas, não! A puta da gaja ainda se ri!
Como é que lhe podemos passar a mão, dizermos que compreendemos pelo que está a passar?

Queriam, suas invejosas!
Não compreendem, eu sei que não. Que este humor é para vós demais!
Precisam saber desfrutar as coisas boas da vida e gozar com as más!
Escárnio minhas amigas! É escárnio! (recomenda-se a leitura para quem desconhece o conceito)


domingo, 1 de novembro de 2009

Hasta la vista, baby!



Não será, com toda a certeza
a tua velha companheira dor de corno –
amiga que trazias já contigo de contusões cerebrais que poderás ter vivido,
a tua crueldade nojenta de vingança tão sedenta,
o teu egoísmo, bicho kafkiano que te torna insano
Não será isso, com certeza, que me vai tornar azeda

Se carreguei pesos imensos desses torpes sentimentos,
com sorrisos e contentamentos bradados a todos os ventos
Se 3 milhões de minutos passados ao teu lado, sempre, sempre, a ouvir o mesmo fado
A digerir o teu pessimismo, os teus queixumes aos cardumes, o teu prevenido derrotismo
Um sem-fim de desilusões, sempre as mesmas acusações
Esse ciúme doentio e penoso, do ar limpo que respiro, para ti venenoso
Se isso tudo não bastou, para apagar aquilo que sou

Não são agora,
que o fim deste improvável, estranho, desatinado amor, teve a sua derradeira hora
que as tuas palavras podres, os teus desejos cruéis, as tuas ameaças cheias de mordaças,
conseguirão deitar-me abaixo, ou pregar-me uma rasteira, para que me parta em pedaços e não seja eu inteira

Esse ódio intenso que te carcome vagarosamente e te torna tão amargurado,
a mim não me leva a nenhum lado
Já não ando ao sabor das tuas danças…
podes praguejar, ameaçar, chorar, suplicar,
apenas me cansas.

As tuas desculpas e declarações, dessa mixórdia que sentes e tens o desplante de chamar amor,
ou quando me rogas todo o mal do mundo e desejas que sinta dor
têm exactamente o mesmo efeito, já tenho carapaça
deixai-o falar…“os cães ladram, mas a caravana passa”.

P.S. e só mais uma coisinha, a verdade verdadinha, é que quanto te digo que não te troquei por ninguém, e gritas que não faz sentido, que é um absurdo - entendes que te troquei por nada, quando na verdade te deixei por tudo.