terça-feira, 17 de novembro de 2009

Bitch!



Ok. Pronto. Já chega.
4 dias a choramingar, ai coitadinha de mim
que o falecido me chamou pêga!
E não só, não só meus amigos, fez muito mais, fez muito feio
Mas já não durmo com o inimigo, agora durmo com o receio
Que se diga de passagem, é bem mais companheiro, anda comigo o dia inteiro!
A verdade é que não tenho muita pachorra para os meus lamentos, e para qualquer propensão a dramatizar
Ou fodes ou sais de cima, não andes só por andar
Sei bem que de vez em quando posso chorar e maldizer
Que posso ter fraquezas, e sofrer
Mas pouco! Menos, por favor!
Faz-te forte! Ainda muito terás que suportar, muitos sustos, muita raiva, muita dor.
Mais vai passar! Tudo passa! E eu continuarei linda e maravilhosa, e cheia de cor!
Hoje alguém me disse “Bolas! Solta a cabra que há em ti! Para puta, puta e meia!”
Estamos a ver que a coisa vai ficar ainda mais feia!

Vou pensar nisso!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Escárnio


Se ao menos não me doessem as costas para deixar de matutar que ando lá com um machado enterrado
Se ao menos não fumasse e não soubesse que me espera o suplicio da desintoxicação deste vicio mal fadado!
Se ao menos tivesse energia para tratar do meu canastro e pô-lo a mexer, a correr e a esticar
Se ao menos as 300 mensagens alojadas na caixa de correio do meu telemóvel me fizessem sorrir em vez desta contracção muscular
Se ao menos (es)tivesse (n)a minha casa, sem ter chaves emprestadas, nem andasse aos tropeções
Se ao menos soubesse das minhas coisas, no meio deste imbróglio de malas e gavetas dos sete anões
Talvez não vos fizesse tanta confusão o som da minha risada, o ar da minha diversão, a minha certeza que é só um atalho para…para vos mandar para o caralho!

Ah! Como seria do vosso contento que chorasse que nem um jumento
Para poderem mostrar a vossa tão grande compaixão
Que andasse que nem um cão, triste, desconsolada, mal amada
Para poderem justificar a vossa opção
Para vos ouvir perguntar “Não te estás a precipitar?”
Mas, não! A puta da gaja ainda se ri!
Como é que lhe podemos passar a mão, dizermos que compreendemos pelo que está a passar?

Queriam, suas invejosas!
Não compreendem, eu sei que não. Que este humor é para vós demais!
Precisam saber desfrutar as coisas boas da vida e gozar com as más!
Escárnio minhas amigas! É escárnio! (recomenda-se a leitura para quem desconhece o conceito)


domingo, 1 de novembro de 2009

Hasta la vista, baby!



Não será, com toda a certeza
a tua velha companheira dor de corno –
amiga que trazias já contigo de contusões cerebrais que poderás ter vivido,
a tua crueldade nojenta de vingança tão sedenta,
o teu egoísmo, bicho kafkiano que te torna insano
Não será isso, com certeza, que me vai tornar azeda

Se carreguei pesos imensos desses torpes sentimentos,
com sorrisos e contentamentos bradados a todos os ventos
Se 3 milhões de minutos passados ao teu lado, sempre, sempre, a ouvir o mesmo fado
A digerir o teu pessimismo, os teus queixumes aos cardumes, o teu prevenido derrotismo
Um sem-fim de desilusões, sempre as mesmas acusações
Esse ciúme doentio e penoso, do ar limpo que respiro, para ti venenoso
Se isso tudo não bastou, para apagar aquilo que sou

Não são agora,
que o fim deste improvável, estranho, desatinado amor, teve a sua derradeira hora
que as tuas palavras podres, os teus desejos cruéis, as tuas ameaças cheias de mordaças,
conseguirão deitar-me abaixo, ou pregar-me uma rasteira, para que me parta em pedaços e não seja eu inteira

Esse ódio intenso que te carcome vagarosamente e te torna tão amargurado,
a mim não me leva a nenhum lado
Já não ando ao sabor das tuas danças…
podes praguejar, ameaçar, chorar, suplicar,
apenas me cansas.

As tuas desculpas e declarações, dessa mixórdia que sentes e tens o desplante de chamar amor,
ou quando me rogas todo o mal do mundo e desejas que sinta dor
têm exactamente o mesmo efeito, já tenho carapaça
deixai-o falar…“os cães ladram, mas a caravana passa”.

P.S. e só mais uma coisinha, a verdade verdadinha, é que quanto te digo que não te troquei por ninguém, e gritas que não faz sentido, que é um absurdo - entendes que te troquei por nada, quando na verdade te deixei por tudo.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Non Sense

Eu - Vamos tirar uma foto
Mia - Digam todas Cheese!
Andreia - Não, não...como é que dizia o rapazito lá do Paintball?
Eu - hummm...já sei, já sei. Gritem: Pastel de Bacalhau!
Marta - Pastel de Bacalhau, que ridiculo!
Rafa - No Brasil dizemos Abacaxi!
Eu - Quê? Pastel de Bacalhau no Brasil chama-se Abacaxi?



Mas faz com coração, Faz com muita tesão
Faz com que fiquem de boca aberta, Faz porque estás certa
Faz amor sem preconceito, Com aquele desejo de perfeito
Faz uma coisa risível, Faz porque é possível
Faz porque é improvável, difícil, “inaceitável”
Faz porque és forte, bastião, trapezista sem protecção
Põe-te à prova, ultrapassa-te e aperfeiçoa-te
Faz-te orgulhosa, Faz-te vaidosa

Quando um dia o teu impertinente Eu te perguntar:
“E agora? Será que viver é só isto? Não há mais nada para gozar?”
Está na altura
Faz mais uma, alguma coisa pela 1ª vez


WHAT PART OF JUST DO IT YOU DID NOT UNDERSTAND?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Temperamento Inconstante


Não sei que palavras gastar, mas a minha alma demanda assim como que uma purificação, tentar traduzir na escrita o que vai entre os meus risos repletos e os meus medos infelizes, entre a euforia do momento e o que me obriga a um entusiasmo contido e repartido desordenadamente pelas horas dos dias.


Perco frequentemente a noção do que foi há pouco e do que se passou há dias, vivo numa espécie de twilight zone, uns momentos mais sóbrios do que outros, e certos acontecimentos ficam num limbo esquivo.


Agarro-me a momentos dispersos que suavizam a mente agitada, seres com asas que me reanimam (agora só quero coisas esvoaçantes ;-), prosas espirituosas que tornam o caminho menos sinuoso, deveres que me obrigam a não estar demasiado tempo no de lado de “lá”, é claro que muito de vez em quando acordo e tropeço na realidade, mas como sou uma gaja cheia de sorte tenho sempre uma mão cheia de gente boa que não me deixa espalhar ao comprido.


Incomoda-me não conseguir ser quase nunca completamente, mas este Temperamento Inconstante nestes dias liberta-se desalmado – nada a fazer, deixai-o esvoaçar.


Penso em tudo simultaneamente e em nada com profundidade, é um pouco extenuante, mas está cá o ânimo imprescindível para o que está por vir.
Estou eu toda e às vezes isso é muito.
Estou mais eu, estou certa, estou feliz, mas ainda não estou em paz.

Ávida por poder apreciar serena e inteiramente o momento.


Bem sei. Tem calma, bem me dizem.


Good Things Come To Those Who Wait.

sábado, 10 de outubro de 2009

Confissão: estou borrada de medo, a transbordar dúvidas e suspeito que já sofro de palpitações de tantas ansiedades
Vou, mais desgarrada do que nunca, tratar de ser feliz
Ser feliz, mais feliz ainda
Mais completa e resolvida
Resgatar a liberdade,
Esquecer o que os outros esperam que faça, porque não são eles que me vão viver
Temos pena, mas estamos fechados a qualquer tipo de palpites, opiniões, lamentos e divagações
Ouço muitas, tantas, nunca demasiadas, palavras amigas de verdadeiro conforto e motivação, outras poucas que me tentam prender a uma estúpida (des)ilusão
Ouço, nada mais. Porque afinal sou eu só …responsável pela minha felicidade
Estou a aprender a voar e adivinhem o que descobri…afinal tenho asas.

eu já sei porque é que os pássaros cantam ;-)

Skydive, Évora

04/10/2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

OBRIGADA À RAFA E AO PABLO ;-)

HOJE ACORDEI COM ISTO:


BRASUCA deixou um novo comentário na sua mensagem "Watashi wa koishii":

QUEM MORRE? de Pablo Neruda

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu gurú.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

PABLO NERUD

SABE O QUE VEIO A MINHA CABEÇA QUANDO EU LI ESSE TEXTO?
PORRA, A ANA NÃO VAI MORRER NUNCA!!!!
TODOS OS DIAS APRENDO COM VC.
TE AMO


SABES COMO SOU CAGONA E COMO FICO COM ESTAS DEMONSTRAÇÕES DE AMOR - DÁS CABO DE MIM LOGO DE MANHÃ! UM OBRIGADA DAQUELES QUE ABRAÇAM A ALMA PARA TI MINHA RAFITA.

p.s. e nunca, mas nunca, nunca. nunca te esqueças que eu NÂO sou uma amiga de ocasião, gosto de ti do fundo do coração

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Lavagem de roupa suja

ao telefone:
- não te parece que estás um bocado descontrolada?
- quê?
- paintball de manhã, almoças fora e à noite vais para o concerto com a mamã, não queres sair de casa, não?
- tás parvo! não comeces...
- não comeces, não. se calhar é melhor ires viver sózinha
- olha, se calhar era melhor
- se é isso que queres diz
- se não estás satisfeito, o que queres que te diga
- então quer dizer que estás farta, e que já não queres viver comigo
- eu não disse isso, quem disse foste tu
entretanto 30 esgotantes minutos de:
(concurso de ofensas...saimos empatados, quer dizer acho que ganhei :-)
desligamos passado 5 minutos, toca o telefone
- simmmmmmm
- olha se calhar tenho um amigo que vai estar lá a trabalhar e vos pode deixar entrar de borla
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será que estive a falar com outro?

Raispartam as gajas!



Se ele liga a toda a hora é porque é controlador (ou aborrecido ou demasiado lamecha conforme o registo que conseguiu imprimir na mente da feminina), se não liga passam o dia a olhar para o telemóvel e fazem aqueles joguinhos primários e comoventes - ligam “Ah deixei o telemóvel ficar sem bateria nos últimos 5 dias (!!!) e só agora reparei, tenho aqui uma lista infindável de números não atendidos, é só para saber se tentaste ligar (...)ah, não? Pois...(a esta altura o arrependimento de terem ligado já é enorme e tomam consciência que nada do que possam dizer vai remediar a situação – a merda está feita).
Depois temos os mails, ele manda um mail – ela responde – ele responde à resposta – ela responde à resposta da resposta – ela acrescenta mais qualquer coisa à resposta, da resposta, da resposta – ele não responde – e ela começa a criar macaquinhos na cabeça, simplesmente porque é mulher. E ela sabe todas as regras básicas de deixar à espera, criar mistério, e a coninha da mãe – mas dá cabo dessas paneleirices todas até porque na realidade se ele estiver mesmo interessado isso não vale peva e não existem qualquer tipo de regras - é como for - e manda-lhe um mail a perguntar porque é que ele não responde. Ou então versão despeitada: ele não responde com a celeridade que ela considera admissível é porque não a merece e qualquer tentativa que ele venha a fazer terá que ser muito bem estudada para ter os efeitos pretendidos. Quando se vêem, se ele não lhe ligar um corno ela anda de roda, e passa e ri-se e fica de olho - não desgruda. Ele dá-lhe atenção, ela despreza - mas não é desprezo, desprezo - é assim só para ele continuar com o charme e sempre na tentativa de seduzir, mas ele não percebe isso e passa para a próxima, e depois ela não desgruda.

…blá, blá, blá

Resumindo, o importante da história
Filho: ela não quer que eu esteja ao pé dela (ela, é uma puta de uma miúda que lhe anda a pôr a cabeça em água)
Eu: não lhe ligues, vais ver que ela se vem sentar ao pé de ti
Filho: sim eu já fiz isso ontem, e quando ela veio disse-lhe que nunca mais brincava com ela
Eu: pronto! Fizeste bem.
Filho: mas estou um bocadinho triste
Eu: então amanhã fala-lhe, mas não lhe ligues muito
Filho: mas como é que eu faço isso?

Eu sei que ele só tem 4 anos, mas o facto é que a mente dele será sempre masculina e como tal será impraticável eu conseguir explicar-lhe claramente este funcionamento um bocadinho mais complexo…

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Estava eu dando o meu passeio matinal pela casa dos amigos que estão aqui na minha sala dentro daquele objecto negro e sedutor, quando um Feio me lembrou de um outro objecto também existente em negro e se não sedutor pelo menos criador de curiosidade.
Fidalgas e infantas, moças e cachopas, pudicas e puticas, apresento-vos SASI


Is it a mouse? No!
Is it a elephant? No!
It’s a lambe-pachachitas!

Sasi é um sex-toy de nova geração com memória inteligente e tecnologia intuitiva.
Ele aprende e memoriza exactamente aquilo que mais gosta... Mas mais do que isso, Sasi está equipado com um motor que ondula sobre uma fina capa de silicone, criando sensações deliciosas!
Com 5 tipos de ondulação e Resistente a salpicos!

Isto há coisas!

E agora o momento infantil:
Era o saci pererê cantando assim:Eu sou do mato, eu sou muito malvadoQuem briga comigo fica mal assombradoEu sou do mato, eu sou muito malvadoQuem briga comigo fica mal assombrado

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Elevam-nos

Guardam-se com carinho

Saem num turbilhão

Entram nesse músculo...isso, o coração

Ansiadas, atribuladas

as que nos cortam o caminho

as que ficam por exprimir

as que nos aceleram a respiração

tão fortes, tão colossais que perdem o sentido

não passam de PALAVRAS,

não te deixes iludir,

tem paciência

sussurros, até onde são

se te enchem quando airosas

esvaziam-te pela sua simples ausência

perversas, viciosas, maldosas

só por não serem, não estarem

apenas não existência

tenho uma mão cheia delas para ti

sábado, 19 de setembro de 2009

A PASSAR, DE PASSAGEM, PASSADA, PASSO, PASSADO, COMPASSADO

quero crer, porque é também querer, que é uma fase
as fases PASSAM,
PASSO-ME, perco a sensatez
sou alternadamente egoísta e incerta
Porque vejo a vida a PASSAR
o que me faz gostar só de PASSAGEM
PASSADA a vida a duvidar
espera-se que PASSE
PASSAMOS por isso
e já PASSOU

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Férias



Descanso inclui não: lavar, passar, arrumar, cozinhar, aquecer, fazer de lavado, dar um jeitinho, só uma passadela, desenrascar qualquer coisa que se coma, fazer uma jantarada, ir ao continente, pingo doce ou à mercearia comprar coentros, fazer contas, relatórios, análises de vendas, programar actividades, falar com fornecedores e outros senhores.
Descanso pressupõe não fazer a ponta dum corno!

O devaneio seria uma suite num qualquer hotel 6 estrelas, num qualquer lugar paradisíaco, alimentar-me em quaisquer restaurants (ler com pronúncia se faz favor) que venham no guia “Michelin”, passar os dias entre tratos de boniteza, apalpões aos costados e continuidades, para expurgar as marcas deixadas pelos maus tratos ao corpo e à mente, dados por um qualquer espécime masculino escultural (pode ser eunuco ou mesmo paneleiro– não estou a exigir escravidão sexual), imersão numa qualquer água cristalina com peixinhos de mil e duas cores e outras tantas ostentações que se encontram bem além da minha recatada existência.
Que se foda. Dava jeito, mas não é condição para patavina! Sendo assim lá comprei um pacote TI, para ter a certeza que não ficaria sem cheta a meio das vacances, estava tudo pago, pagadinho. Lá fomos para os Algarves, Clubhotel All Included, piscina, águas correntes quentes e frias, animação dia e noite, presuntol e tintol é o que o freguês quiser, afinal está tudo incluído!

Confesso que descansei sim senhora, não fiz nicles, nem sequer pus os cotos fora do recinto.

Mas alguns pormenores merecem a devida atenção e consequente apontamento.

Sendo assim é de reparar que eu frisei com a senhora da agência de viagens “eu não quero ir para Espanha, vou estar no hotel no meu merecido descanso, eventualmente irei à praia, não vou passear nem conhecer sítios novos, sendo assim prefiro Portugal pela comida, pelas praias, e porque falam a minha língua”- WRONG!

Parlapié: 80% falava a língua de nuestros hermanos e os outros 20% eram talvez igualmente divididos entre portugueses, ingleses, franceses, alemães, checoslovacos, japoneses (nããããã, já estou a inventar)

Morfes: variadíssimo buffet com saladas, ela era alface, cenoura, pimento, pepino, tomate e outras tantas cortadas em juliana que fica sempre bem, legumes cozidos, no forno, na chapa e gratinados, carnes, peixes, massas, arrozes vários, sobremesas vastíssimas, frutas, mousses, bolos de fatia e aos quadradinhos! Garanto-vos ao 2º dia a alface e o pimento tem exactamente o mesmo sabor assim como o tomate que sabe ao mesmo que os brócolos gratinados que já se confundem com o arroz ou será massa que até sabia a bacalhau, assim a puxar para o porco na chapa!

E era vê-los senhores a saltar de restaurante em restaurante, e a abarrotarem generosamente os pratos porque afinal It’s All Included! Pareciam porcos! Sem distinção: portugueses, espanhóis ou alemães, o que interessa é encher o bandulho!

Quanto às instalaciones nada a apontar. Excepto o facto que sempre me esquece de como são repugnantes os jacuzzis partilhados por mais ou menos 30 ou 403 pessoas simultaneamente (não eu!), o que significa alguma expectativa defraudada. Mas pormenor completamente ultrapassável pelo facto de ter um ginásio “quase” exclusivamente só para mim ;-) Piscinas porreiras, camas cumprem objectivo – ok.

And at Last but not Least: o serviço ao cliente, felizmente este também não era o genuíno serviço português. Desde o pessoal do restaurante, limpezas, recepção e principalmente “The Entertainement Team” – 5 estrelas! Uma simpatia e disponibilidade fora do comum e à qual nós não estamos habituados neste nosso país. Algo que me agradou sobejamente que ando sempre de tacha arreganhada, ter quem me retribua e ainda me estimule mais o sorriso merece com certeza o meu elogio, já para não falar no responsável pela animação uno belo ragazzo, que tivesse eu menos 10 anos, soubesse dançar e a dançarina principal tivesse grávida de um gajo qualquer sem escrúpulos – teriam sido umas férias tipo Dirty Dancing!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Amanhã é dia de casório!

Estes são dias que me agastam, nada é espontâneo, as fotos são do pior que há, as "piruas" vestem-se de suspiros das mais variadas cores, a lenga lenga clerical arrepia-me os pelos do cú (que eu não tenho, muita atenção! ;-))))), a comida por princípio é medíocre, e depois a cereja em cima do bolo, a pérola: o Sol-e-dó! É vê-los nos bailarico, uns com o botãozinho da camisa a querer saltar tal é a pressão abdominal, os já consorciados perscrutam o mulherio ainda disponível e, quando já num estado alcoolicamente avançado, tentam um grotesco pezinho de dança, e elas juntam-se em bandos e falam das outras e dos outros porque a vida delas não é suficientemente interessante para ser tema de conversa.

As pessoas passam-se, resolvem casar-se e fodem-me o Sábado

valha-me que depois tenho 15 dias de ócio para me recompor!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

de noite todos os gatos são pardos, alguns são parvos e outros são simplesmente umas crianças perdidas na noite

criança: olá!
eu: olá!
criança: és de Lisboa?
eu: não. eu e as minhas amigas somos todas de Lamego
(já as amigas reviravam os olhos e pensavam lá está a maluquinha a dar conversa...)
criança: bieste de longe, eu também. bê lá que fiz 2000 km para bir aqui, bim do Luxemburgo
eu: ahhhh! com esse sotaque bê-se logo, carago! mas olha que isto não é assim tão bom
criança começa a olhar para as amigas e prepara-se para arrotar mais umas tolices, interrompo a intenção (senão ó depois tenho que levar com elas)
eu: não vale a pena falares com elas que não percebem nada do que dizes
criança: mas...não são de Lamego?
eu: são. mas falam um português diferente
criança coloca um ar de estupidamente interrogativo
eu: falam português do caralho
criança: disseste "português do caralho"????
eu: sim, falas com elas e elas mandam-te para o caralho

foi-se

domingo, 30 de agosto de 2009


ALGUÉM ME EXPLICA PORQUE É QUE TENHO QUE ESTAR COM O MEU BELO RABO NA PEDRA DURA E FRIA PARA PODER ESTAR NET – SIM PORQUE ESTA MERDA É WIRELESS MAS É SÓ ALI PARA O MAC – DISCRIMINAÇÃO PÁ!
relações, atracções, paixões e outras tesões
diferenças, expectativas umas vezes furadas e outras ultrapassadas
química, no momento admiravelmente errado
ou subtilmente perfeito (?)
que se lixe vai ser bom demais
a ruminar, ruminar, ruminar
não matutes demasiado, vive
queres? não sabes? sabes, sabes.
aquela coisa mais doce
sorrisos, palavras, pipocas…pipocas??? Sim porque me apetece, como tudo o resto.
que se foda! Logo se vê

domingo, 23 de agosto de 2009

Cum Carago!

O Reizinho ;-) expressou o seu anseio de espairecer numa qualquer embarcação.

Ora, como eu, para além de ter a importantíssima missão de fazer dele um homem com H, cá estou também para deliciar sua majestade – pois afinal de contas ele torna a minha existência desmedidamente mais rica e faz de mim uma pessoa infinitamente melhor – lá fui com o piqueno e mais sua excelência, sua avó, apanhar o cacilheiro. Nem tudo são espinhos, nesta viçosa idade um barco é um barco e ponto final

A intenção era pois, irmos a Cacilhas (não perguntem porquê, nem tudo na vida tem que ter uma explicação) – no entanto como parolas que soimos ficámos hoije a saberi que de Belém só para Porto Brandão ou Trafaria – pois seja Trafaria então!

Entretanto, só um pequeno apontamento: não percebo o que é que aconteceu àquela zona em que podíamos vir cá fora com os cabelos ao vento a saborear o cheiro a merdezia e esquecermo-nos que estamos num cacilheiro (porque eu já não estou em tenra idade ;-)?!? Não me digam que para além de não podermos comer bolas de Berlim com creme na praia, não podermos ficar com as mãos todas cagadas das folhas da lista telefónica quando comemos castanhas assadas na rua (pois o papel foi substituído e tem inclusive uma bolsa dupla para deitarmos as cascas! Ah! País civilizado carago!) a ASAE foi aos cacilheiros e mandou cobrir a Penthouse?! Nãããã! Deve haver vários modelos, né? Mas tive azar, pronto (isto era só um pretexto para reclamar da ASAE) – lá fomos nós pindurados à janela para que o crianço percebesse que estávamos de facto sobre as águas do Tejo.


Chegámos então à harmoniosa Trafaria, e quando digo isto é porque sentia-se que as pessoas estavam em harmonia pá! Eram todas feias! Mas feias, feias! Quase disformes!
E porcas.
Desculpem-me os que não são, mas não estavam lá!


Porque aquelas pessoas tinham uma feiura que vinha de dentro!


E tinham um ar badalhoco!


E os gordos andavam todos com as banhas dependuradas para fora das camisolinhas.

E as unhas eram todas pretas.
E eles tinham restos de cerveja no bigode, e elas também!
Palavra!
Eu não sei se aquilo era uma rave dos feios, mas que estavam todos lá, estavam!

Fomos ao centro da vila, o puto comeu um gelado, nozes bebemos uma caféssito e um martini que não estava a apetecer, mas prontos! Mirámos aquela gente bonita de se ver – e foi então que vislumbrámos o engatatão da zona, fodasse! Garanto-vos que uma foto real, seria muito mais impressionante!


Tinhamos então que justificar o passeio e tanta agressão aos nossos olhitos e lá fomos ao mercado: eu enchi a barriguinha com figos, a um aério e meio o quilo – do best!, e lá comprámos os janquizinhos para o almoço com a bela da açorda tudo bem regado com um vinho verde fresquinho – uma maravilha! Portugal real, no seu melhor e pior. Ahhh vida boa, cum a breca!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Putas das criancinhas



Não! Não e não! Não me venham com merdas, não me venham com os mimos e a puta da educação e de que lhe faço as vontades todas!
Garanto-vos que não há mimo que eu lhe possa dar, educação ou falta dela que justifiquem o inconcebível capricho de um fedelho de 4 anos começar aos berros comigo porque tenho que ser eu a apanhar o carro que ele acabou de, displicentemente, atirar para o chão!

Fedelho: Mãe, apanha.

Mãe incrédula (eu): desculpa?

Fedelho: apanha o carro.

Mãe incrédula + sorriso nervoso (mas com um tom de voz discreto): deves estar a brincar comigo.

Fedelho aos berros e como se eu lhe estivesse a fazer a maior desumanidade ao cimo da terra: mas eu quero que sejas tu a apanhaaaaaar!!!!

Mãe + tom de voz acima do normal (sem entrar em histerismos): Tiago apanha o carro e vamos imediatamente embora! – enquanto simultaneamente lhe agarro por um pulso (com energia para a criancinha perceber quem manda), faço-o apanhar o carro à força e lhe dou um açoite no rabo (quando a minha vontade era dar-lhe uma sova, só que essas coisas não se fazem), já completamente passada dos carretos enquanto viro costas às petulantes empregadas, que trabalham numa loja que vende vestidos que nem com 3 meses de ordenado elas podem comprar, mas que têm ares de pertencer à realeza.

E desço a rua com ele pelo pulso aos berros, quase que voa, porque eu vou a 200km/h, e grita: MAS EU QUERIA QUE TU APANHASSES O CARRO!

Alguém caralho! Alguém em consegue explicar este fenómeno?
É porque eu digo-vos, é muito mais fácil apanhar o carro, deixá-lo comer o que quer, sentar-me no lugar do sofá que ele define, ver o canal de televisão que ele quer quando ele quer, pedir um sumo de maçã e uma água porque ele está indeciso e não sabe o que lhe apetece (!!!), voltar a apagar a luz porque queria ser ele a acender – do que contrariar e tentá-lo fazer perceber que não pode ser tudo à sua vontade e que ele não é nenhum REI, porque se fosse seria um déspota!
Isso, vos garanto!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

pois...

A gente entra numa livraria e pasma: milhares de livros e apenas quatro ou cinco escritores. Em Portugal, quantos haverá? Não mais que dois, três na melhor das hipóteses. O resto são fabricantes de parágrafos…
António Lobo Antunes

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

SEXO


Há momentos em que se fala, quer dizer em que as mulheres falam, mais abertamente (e esta palavra é aqui bastante reveladora) acerca de tudo, claro que quando digo tudo estou a falar de sexo puro e duro (de preferência).


A partir de uma certa idade, que pode variar entre os 20 e poucos e os 60 e muitos, as mulheres perdem o pudor em falar, maltratar ou mesmo abençoar o sexo que praticam, o que desejam e o que invejam, o sexo do companheiro ou o do padeiro.


Alturas há, em que a conversa passa por aí, mas é rápida e certeira e serve apenas para pormos em dia se gozamos de uma aceitável quantidade, se aprovamos a qualidade e se há alguma novidade. Postos os pontos nos “is” passamos à frente.


Porém, contudo, no entanto, há dias (ou noites), em que uma amena cavaqueira se torna numa genuína palestra de sexologia, em que só falta cobrar bilhetes para quem queira tirar formação ou especialização. Seja qual for o âmbito há sempre alguém para dar o seu inestimável contributo. E quando digo sem pudor, é mesmo sem vergonha nenhuma.


Pois, ora é porque uma experimentou sexo anal e jurou para nunca mais – lá vem outra explicar-lhe como dar a volta a situação – nunca é demais , qual a posição mais encantadora para que seja ela a dominar, como descontrair “tudo” – é preciso é relaxar, até mesmo alguns salpicos de cientifico conhecimento acerca das terminações nervosas que fazem o nosso contentamento.


E depois vem outra, ah já que estamos a falar de sexo, falemos do oral. Nada mais banal. Pois lá vem uma sempre a surpreender, que não gosta muito de meter aquilo na boca e logo 3 ou 4 dizem que ela é louca. E assim dissertamos sobre o assunto e contestamos métodos, e a cadência? Importantíssima sua excelência! Quem é que define, deixas que seja ele a guiar ou com o teu gosto tem que se contentar?


E o que eles fazem falamos também e do que se esquecem não escapa a ninguém!


E porque fulano até é razoável e ainda assim amável! Sicrano que nada faz e é tão belo e beltrano que até bate claras em castelo!


E falamos de fantasias, e confessam-se subversões – umas que se vêm como as tias e outras que nem furacões.
E falamos, e rimos, e coramos. E somos mulheres e adoramos.

Do you mean it? If you broche it!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

MÃE


Minha amiga, mãe querida
Minha lâmpada alada, minha festa privada
Meu porto seguro, minha chama no escuro
Nunca sei como dizer que te amo de morrer
Para que não pareça coisa pouca, teria que gritar que nem louca
Para que percebam que não é normal, que sais do habitual
Porque és uma mulher tão desmedida, que me continuas a dar vida
Insistes para que cresça mais e mais, para que saia dos moldes normais
Gastam-se as palavras para dizerem um poucochinho daquilo que és
Mulher Amiga, MÃE de fazer inveja, tudo o que uma filha deseja
Companheira de confidências, de choro, de alegria, de uns bons copos ou cantar com nostalgia
Sem falsos moralismos e com certos rasgos de loucura,
Ensinaste-me que o importante é saber viver, porque só a morte não tem cura!
Mostraste-me o que são valores, ensinaste-me que é importante respeitá-los, deste-me liberdade e saber para escolher os que são para mim acertados
Bebi o néctar da ternura de ti minha Mãe
Encheste-me de conforto, confiança e de um bem-querer que eu não poderia viver sem
Tiveste o discernimento fundamental para me garantires aquela doce protecção maternal, e deixares que sinta que a vida também é dor, afinal
Tenho a certeza que tenho uma fortuna excepcional, que és tu minha querida, que me emocionas sempre que tomo consciência deste amor brutal
Aceitaste as minhas escolhas com sabedoria, humildade e sempre acima de tudo com esse teu amor de Mãe – arrebatador, até o infinito e mais além!

MUITO OBRIGADA MINHA QUERIDA MÃE

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Fumar



Fumar é das poucas coisas se não mesmo a única que se gosta em qualquer momento

Adequa-se a qualquer situação ou evento

Serve os ricos, os pobres e os remediados
Fumam os contentes, os tristes ou desconsolados

Fumas para celebrar, ou porque te estão a irritar

Fumas porque é fonte de inspiração, fumas porque sofreste uma desilusão

Fumas, porque fumar dá estilo e nos ocupa a mão

Fumas porque dá prazer, e porque sabe tão bem depois de o fazer

Fuma quem está à espera e também quem desespera

Tanta pequenina coisa à espreita, a provocar

A foto da Cassamia assim que em sua casa vamos entrar

O café da Portela - que delicioso a acompanhar

Aquela cena daquele filme mesmo a convidar

E quando bebes uns copos, fumas porque faz parte do ritual

Fumas porque as tais hormonas saltam e se embrulham em tal bacanal

E não precisas de ninguém para poderes gozar o contentamento que é só teu, afinal



terça-feira, 14 de julho de 2009

A Fada e a Foda do Lar



Ninguém disse que ia ser fácil, mas há dias em que parece ser uma empreitada impraticável só mesmo nos contos de fadas ou fodas, como preferirem.
Mulher moderna que se preze é uma mulher de is ;-) – como há pouco ouvi alguém dizer temos que fazer isto e aquilo e aqueloutro e não há absolvições para quem acha que o dia tem poucas horas – levante-se mais cedo! Sem esquecer porém, que para um corpo e mente saudáveis há um mínimo de horas de sono, que deveriam ser de beleza e acabam por ser de “sobrevivência”, obrigatórios.


No trabalho temos que ser eficientes, não há como ser de outra forma – o que logo à partida implica alguma dose de organização, responsabilidade, conhecimento e constante actualização e evolução na “matéria” em questão, boa disposição, capacidade de orientação, bom senso, e tolerância. Conseguirmos que pelo menos o mínimo exigido pelo óptimo seja cumprido. Quando necessário fazer horas extra, trabalho de casa, trabalho de fim-de-semana – sem nunca por nunca ser descuidar-se o lar! Evidentemente que para que esta tarefa seja exequível tens que gostar daquilo que fazes.


Em casa não temos que ser apenas eficientes, mas também surpreendentes.
Casa limpa, deves ser asseada mas não demasiado, ou seja, tens que suportar algumas migalhas, alguma roupa amontoada no fundo da cama (ou em alguns casos na cadeira que existe de propósito para o efeito), brinquedos espalhados – mesmo que seja 5 minutos depois de teres passado a tarde a pôr tudo num brinco e não deves ficar histérica, faz parte. Roupa lavada e passada, e não convém ires deixando para depois porque no fim quem se fode és tu que quando dás por isso tens várias horas de vapor pela frente e em pé – o que não faz nada bem à beleza dessas pernas. Ou seja, no meu caso que tenho um homem que ajuda (não divide tarefas – é bom que se reconheça bem a diferença de significado destes verbos) – nestas alturas esquece lá a Mulher Moderna – só falta mesmo o tanque para esfregar a roupa (hehe … estou-me a rir, mas esta merda não tem piada nenhuma).

Depois as refeições. Temos um microondas lindíssimo, metalizado, com imensas funções, e serve para uma única coisa: aquecer – fantástico, não é? Até porque a minha querida mãe não me andou tantos anos a alimentar com a mais rica gastronomia portuguesa, para que eu agora me limitasse a fazer bifes fritos e peixe grelhado ou a enfiar umas embalagens no microondas. Não senhor! Há que variar: uma açorda de bacalhau com couve portuguesa, umas salsichas com couve lombarda, uns ovos mexidos com rim, janquizinhos fritos com arroz de tomate, um arroz de grelos com qualquer coisa, um arroz doce, uma mousse, uns cogumelos recheados, um tagliatelle com camarões e ervas, um esparguete à carbonara, umas ervilhas com ovos escalfados…sem esquecer porém que há que ter uma alimentação equilibrada rica em frutas, verduras e fibras e cuidado com as gorduras saturadas e transgénicas e preferir o peixe e as carnes brancas e mais o raio que os parta.


Ora depois de teres trabalhado um dia inteiro com gosto e boa disposição, chegas a casa (claro que pelo caminho ou mesmo antes de teres saído de casa de manhã já pensaste o que vais fazer para o jantar) e enquanto fazes um manjar que se aprecie, dás banho ao miúdo, arrumas algumas coisas espalhadas pela casa, pões roupa a lavar, estendes roupa (no Inverno tens a “vantagem” de a por na máquina de secar), brincas o imaginável com o teu filho, recebes o teu querido homem com o sorriso e perguntas se o dia lhe correu bem, ouves o rol de queixas do patrão e de como está cansado enquanto se senta no sofá com o ar mais exausto deste mundo enquanto a tua energia continua muito HIGH porque até te poderes sentar e dizer não faço mais nada ainda terás que fazer mais quinhentos mil pentelhos, para que tudo corra dentro da normalidade (até porque preferes seres tu a lavar os dentes ao puto, e vestir-lhe o pijama – do que ouvi-lo aos berros com o pai, porque esfrega muito e porque não o deixa fazer nada, a ele que já é tão grande e já tem 4 anos e tudo).
E agora, atenção, porque é fundamental para que tudo o resto valha a pena – tens que esquecer que ainda não descansaste desde as 7 da manhã, e olhar para o teu homem com desejo e fazer sexo com ele tal qual actriz saída directamente de um filme porno. Diz-lhe que o amas e que ele te dá toda a tesão do mundo. Fá-lo sentir especial, porque ele precisa de ouvir essas paneleirices tanto quanto tu.
Tudo isto sem descurar a beleza e a saúde física (sim porque a mental a esta hora já se foi ) Fazer exercício físico. Espalhar os cremes para tonificar, para a celulite (puta da gordura localizada), estrias, de rosto, de contorno dos olhos, para o busto, para o glúteo, para as pernas. Depilação. Perfume. Estar na moda. Cabelo brilhante e bem tratado. Não fumar. Não beber, demasiado ;-). Amigas. Amigos. Escrever. Ler. Ser Mãe. Ser Filha. Ser Mulher…ninguém disse que era fácil.
P.S para a Rafa

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ora aqui vai um Muito Obrigada


Já todos perceberam que ando com escasso empenho para dissertações acerca da vida e dos tantos pormenores que se alinham num caos quase perfeito, tornando-a tão catita e tão cheia de exclamações.
Preciso de incentivos e de escolher ficar em casa no meu inestimável tempo livre…o que não tem sido muito constante.
Muitos desses sentimentos, raivas, desculpas, acusações, declarações de amor, opiniões, impropérios que escrevemos com espontaneidade, só fazem sentido se traduzidos em palavras no momento em que nascem. Já vos tinha falado desta minha tendência, assim que a escorregar para a bipolaridade – se agora estou exaltada e quero dizê-lo com 24.352 caracteres, daqui a uma hora estou saudosa e acerca da euforia só me sai uma palavra “estava”.
Bem, mas estava eu dizendo que preciso de estimulos, preciso que um FORTE vá aos meus comentários reclamar, ou que a minha brasileira se queixe por falta de leitura, ou que então um atrasado mental, burro, reprimido, infantilóide, maníaco, miserável, cagarola, mete nojo, lambe cus, como este Luís venha aos meus posts fazer estes comentários:



Luís disse... quem vai querer tranzar ou fazer sexo com migo24 de Junho de 2009 15:35


Luís disse... em gatas



Algumas perguntas abalroam-me o espírito ao ler este comentário:
- Que merda de português é este?
- Qual a diferença entre tranzar e fazer sexo?
- Quem é o migo?
- “em gatas”? existe uma palavrinha com apenas duas letras, que é a contracção da preposição “em” com o artigo “as” que dá uma fantástico DE – DE GATAS, atrasado!



Outras dúvidas se impõem quanto às suas competências para além da escrita, para as quais nunca teremos ou sequer pretendemos ter resposta. Mas de qualquer forma um muito OBRIGADA por me teres estimulado a escrita…vá, já não é mau!

sábado, 13 de junho de 2009

Never Ending Story


Não me apetece.
Palavra…eu quero escrever mas falta-me a vontade, ou as horas para que não sejam apenas apontamentos.


Também é verdade que estes dias veraneantes não ajudam … porque o sol me inspira o espírito e o corpo e preciso de libertar esta vontade na rua, este mundo virtual onde tudo é possível mas nada é realmente, não me enche o suficiente. Para ser mais honesta acho que há momentos em que nada o faz.


Quero escrever o mundo, descrever a sensação de calor na pele e do sabor salgado de mim. Explicar a alegria, a paixão de viver e decifrar esta capacidade de tanto gostar de tantos diferentes…por isso não escrevo porque me faltam as palavras para poder traduzir a vida.


Nestes dias experimento saborosas contradições e sinto-me agradecida. Intolerante com o marasmo da satisfação, o que me alenta e faz borbulhar vida em mim é saber que isto ainda não é tudo, é ser uma satisfeita insatisfeita.


Agradecer esta coisa que faz parte de mim e que me faz viver dias iguais como se fossem os primeiros, enfrentar a rotina como se não a conhecesse e fazer na realidade com que deixe de o ser, mais não seja porque simplesmente, e embora com o mesmo destino, sigo outro caminho sem medo de me perder ou arrepender…
E por isso amo a vida e esta condição de incessante descontentamento - sentimento nobre, universal e intemporal - que a uns move e a outros condena à resignação.


Isto está tudo muito bem pensado, porque tudo não te é dado a conhecer de uma só vez. Para que tenhas tempo de aprender, para que saboreies bem sem pensar no que virá a seguir – para que não deixes de comer o prato principal a pensar na sobremesa…esta é servida como uma deliciosa surpresa.


Descobrir aos poucos as infinitas possibilidades que existem em nós e ficar maravilhada com isso. Espantar-me com este louco devir, com a brutal capacidade de adaptação de que somos providos, e da nossa interminável imaginação.


Por ser tanto e nunca demais, porque somos seres capazes de albergar tudo isto e muito mais…é-me impossível dizer o indizível, sentir-me repleta. Porque escrevo, escrevo, escrevo e não tem fim. Vou e levo comigo a sensação inacabada, imperfeita, incompleta.

sábado, 30 de maio de 2009

Obrigada.


Obrigada aos aborrecidos, asnos, insolentes. Às cabras, falsas, imorais. E a todos os filhos da puta demais. Obrigada à dor, à mágoa, à tristeza. À raiva, à fúria e à irritação. E a todos os outros sentimentos que nos roubam a razão.


Eu uso dar-vos a volta, deixo-vos a tentar perceber…
Àquele que se atreve a ser rude, há sempre um sorriso a retribuir. Cada um faz o que sabe melhor, se é que me faço entender…
Pisco o olho àquele pãozinho sem sal ;-( E perante a mistura de surpresa e falsa indignação: farto-me de rir!
Aos chicos espertos da vida, que proliferam neste nosso Portugal, esses que vivem na utopia de que são providos de certa astúcia, quando chegar a sua vez - de raiva se hão-de contorcer!


Saberias apreciar homens cheirosos se não houvesse ranhosos? Com que grandeza viverias as alegrias desta vida, se a certeza não tivesses que um dia morrerias? Que força teria um amor se a ele não estivesse associada uma certa dose de dor?


Porque meus amigos, se não fossem os antipáticos, mal cheirosos que empestam o nosso caminho, as bestas aos encontrões, as víboras a fazerem ninho, se de vez em quando não te fodessem o dia, se nunca recebesses uma notícia má ou nunca tivesses sido traída…como? Como é que darias valor a todo este sabor?



p.s. para o Forte não deixar reclamações nos meus comentário ... ó faxavor! ;-)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Tique-taque, tique-taque


Não sei quantos de vós tiveram o prazer de assistir às “Obras completas de William Shakespeare em 90 minutos” (imperdível), e dos que viram não sei quem se lembrará do glorioso momento em que pedem a colaboração de toda a plateia para bradarem espirituosas declamações.
Pois eu lembro-me muito bem, talvez o facto de ter ido ver a peça 3 vezes ajude – sim, pertenço ao grupo descrito por eles como “as loiras tão estúpidas, tão estúpidas, que não conseguiram perceber a peça à 1ª!”.

Mas voltando à dita declamação, que era exactamente assim: “OH HAMLET DEIXA-TE DE MERDAS, QUE O MEU RELÓGIO BIOLÓGICO ESTÁ A DAR HORAS E EU QUERO TER FILHOS, JÁ!” – ora esta merda tem muito que se lhe diga.

Senão vejamos, quantos fazem ideia do despotismo a que nós, mulheres, somos sujeitas pelo nosso relógio biológico? Será que fazem a mínima ideia das repercussões que esta condição tem nas nossas (vossas/deles) vidas?
Será que já vos passou pela cabeça a quantidade de homens que são escolhidos como parceiros, não porque são a alma gémea mas porque aconteceu estarem lá quando o dito relógio fez TIQUE-TAQUE? Evidente, que quando digo “estarem lá”, não quero dizer que eram apenas e somente o gajo que estava ali mais à mão, não vamos a correr fornicar um qualquer que nos faça um filho, não. Mas se tivermos um com quem já forniquemos, por outros motivos, a probabilidade de virmos a viver /casar com essa pessoa, aumenta exponencialmente.

A verdade é que maior parte das vezes quando o relógio começa a trabalhar e nós decidimos que está na hora, raro é aquele que escapa “ileso”. Se for um gajo com sorte, a essa altura da sua vida já terá comido o nº suficiente de miúdas para poder dar o nó sem grandes problemas na sua consciência de espécime masculino que se preze.
Não, não é a mesma coisa que os homens sentem, mais ou menos assim: “ah e tal, os meus amigos já estão juntos e têm filhos, um gajo começa a olhar à volta e a pensar no que é que realmente quer da vida…” – pois funciona mais ou menos como outra qualquer comparação/competição, em que há um, do "grupinho casalinhos maravilha", que compra um carro desportivo, o outro uma 1100 – Honda claro (porque mota se escreve com H ;-) e outro o melhor equipamento de som e imagem (o mais hi- tech e GRANDE - por causa das coisas….), e depois compram todos o que uns e os outros compraram - se possível a versão acima, porque é mais ou menos assim “ah e tal, os meus amigos também têm, um gajo começa a olhar à volta e a pensar no que é que realmente quer da vida…”

Não, não é mais ou menos a mesma coisa!
As mulheres sentem as entranhas a rebelarem-se, a embrulharem-se e a gritarem! E não queremos saber se aquele é o momento ideal, se temos as condições perfeitas para trazer um ser humano ao mundo, ou sequer se temos a certeza se é aquela pessoa que queremos para pai do nosso filho!

Por isso gritamos “ Oh tu! Deixa-te de merdas que o meu relógio biológico está a dar horas e eu quero ter filhos, já!”

domingo, 10 de maio de 2009

Sou Outra


Quando estou sozinha, sou eu, sou outra, sou má, sou louca.
Sou só eu, mas não sou, porque me divorcio de tudo o que me faz, não sou mãe, não sou filha, mulher ou amiga. Posso ser assexuada, posso não ser nada.
Posso fechar os olhos ou devanear bem acordada, posso ser uma infanta ou uma feiticeira desalmada.
Sinto-me como se fosse e sou, desventuras onde está contida uma doce insanidade, lugar desalmado onde tantas vezes vou. Ahhh que boa doidice, trato-a com meiguice, dá-me outra verdade.
Finjo que sofro uma dor imensa e choro com verdadeira demência.
Vivo a maior alegria e pulo, canto e corro pela rua toda nua, fico fria.
Insinuo-me ao bonitão, mas verdadeira megera, desprezo-o como a um sarnoso cão, ser solteira – quem me dera!
Ando na minha rua como se estivesse perdida, vivo como se a minha história me fosse desconhecida.
Rio-me na praça como se tivesse ganho a lotaria, e acho graça aos olhares cobiçosos, gozo com todos esses pirosos, ranhosos!
E se eu fosse marroquina e beijasse um desconhecido, desse cabo da minha sina. Um estranho que todas as quintas-feiras me fizesse correr o sangue nas veias com tal furor que gritaria de cólera e dor. E aquela garota em corpo de mulher, cujo rosto infantil a torna tão gentil e perturba sem compaixão, o corpo e a alma do jovem confuso sacristão.
E se eu vender gelados na praia enquanto o sol brilhar, e traficar sonhos quentinhos quando o Inverno chegar. E se da minha voz vivesse e ela desaparecesse? Ficasse muda, sofrida, pela glória não vivida.
E deliciosamente sou tudo, sou nada, sou gorda sou magra. Sou pudica, recatada, inocente, puta, tresloucada, demente.
Inquieta-me esta maluquice, e se piora com a velhice?
Invento realidade. Escrevo a ninguém, digo nada.
Haverá alguém, numa vida alada, que saiba a verdade.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sogronis peçonhentus…a verdadeira Jararaca


Facto: há mulherzinhas simplesmente detestáveis.
São-no como mulheres/mulheres, mulheres/esposas, irão sê-lo como mulheres/mães e irão ultrapassar todos os limites como mulheres/sogras.
A faceta talvez mais controlável será a de mãe porque há aquela relação um pouco freudiana (???) e daí uma tolerância acima da média o que inevitavelmente vai exacerbar a parte negativa como sogra.

Quando estas mulheres constroem a sua identidade em redor do factor Mãe/Esposa, não há quem as ature, nem tão pouco quem as mereça! Os homens/maridos que lhes sobrevivem vivem num estado letárgico e todos os anos sonham que lhes vão oferecer uma lobotomia no Natal.

- Ai coitadinho! Tão pequenino e já de biberon!, o meu António mamou até aos 5 anos de idade!
- Se calhar, o melhor é quando o bebé nascer eu vir cá para casa, tu sozinha não vais ser capaz!
- Mas porque é que vão de férias para Cuba? Podíamos muito bem ir para o parque de campismo na Costa, o meu António passou lá a sua infância e gosta muito!
- Ai esta casa está mesmo a precisar de uma limpeza!

Exímias na arte de porem qualquer uma à beira de um ataque de nervos, conseguem mesmo provocar contracções musculares a quem tenta lidar amigavelmente (leia-se com sorrisos amarelos) com aquela puta presunção de que só elas sabem como fazer bem feito…snobs de merda, pá!

Há sogras para as quais nunca, nenhuma mulher será suficientemente boa para a sua cria, a não ser uma que seja cópia dela com 30 anos a menos e que lhe foda o prodígio para que seja homem completo.

Isto tem ainda um lado mais perverso, porque estas mulas destilam malvadez e sabem que as queridas noras iram esturricar o juízo dos maridos, por estes serem tão comodamente dependentes, e que aos olhos destes seres emocionalmente deficientes a mãezinha ainda tem alguma razão, pois a mulher é que não gosta dela, e vê coisas onde não existem.
Por isso não tentem gostar delas, não tentem respeitá-las, não tentem conquistá-las.

A próxima vez que ela vos disser que ficava melhor se fizessem cozido em vez de assado, digam com um verdadeiro sorriso de satisfação:
- Pois, mas eu faço-lhe broches. Não acha que compensa, D. Maria?

P.S. eu adoro a minha sogra – isto é um desabafo para uma amiga, tá?

domingo, 3 de maio de 2009

Mamma Mia

AMO-TE

p.s. sinceramente o que tenho para te dizer é tanto, tanto, tanto que não pode ser hoje (mas saber esperar é uma virtude...por isso aguenta, mantém a posição e não chora ;-)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

A fita da Joaninha



A Joaninha cor-de-rosa (esta é a sua cor por dentro e por fora ;-) pediu-me para lhe escrever a fita, sim aquela da queima, da faculdade - pois as minhas meninas são todas (ou em média) 10 anos mais novas do que eu – o que é fisicamente desgastante, pois a fasquia é alta, bem sei que não há milagres, mas a gente tenta que a diferença seja óbvia mas não chocante!

Eu acho as fitas uma seca!
Para começar as medidas: 6 x 50 cm, tendo em conta que ainda temos que deixar pelo menos 2,5 mm para cada lado e que em baixo tens a macacada do costume (símbolo + máxima em latim) perdes mais 7 cm, restam-te assim 5,5 x 43 cm de tecido para escreveres.
Depois é o que se espera de uma dedicatória, numa altura considerada tão importante na vida de uma jovem moçoila.

Esperas palavras que digam que és uma miúda admirável, e que te profetize sucessos imensos…ok pronto, já disse.

Agora vou dizer-te aquilo que realmente eu espero, bem das funduras do meu coração (que sitio é esse?) …o que quero dizer é que é sentido, e que não vou apenas rabiscar vou escrever, não vou dizer nada que não sinta ou realmente acredite – e vou tentar ser breve (ups!).

O que eu te desejo é que quando daqui a 10 anos te lembrares de ir à gaveta buscar as tuas fitas e recordares, o teu espírito se alegre por aquilo que eras e sintas vaidade naquilo em que te tornaste.
Espero que sintas ter aproveitado tudo o que houve para gozar e que se tiveres que te arrepender que seja por algo que fizeste e nunca pelo que deixaste de fazer.

Que tenhas ao teu lado alguém à tua altura (pode ser um bocadinho mais alto, vá!), alguém que te faça sorrir nos teus piores momentos, em quem te refugies quando sentires medo, que se alegre com as tuas conquistas, com quem possas e queiras partilhar os admiráveis prazeres que a vida nos oferece.

Que tenhas o discernimento necessário para aceitares que às vezes aquilo que planeamos não é o melhor para nós, e que não faz mal mudarmos de ideias e escolhermos outro caminho, na grande maioria das vezes a via mais curta para a felicidade é ires para onde o teu coração te levar.

Quanto a essa tua ânsia de seres melhor e o empenho com que te dedicas a esse propósito nunca o percas, mas mistura-lhe um pingo de moderação. A perfeição e a felicidade são dois conceitos maravilhosos, mas são apenas gestos, palavras, sentimentos que têm a grandeza de ocorrer em momentos em que parecem encaixar com requinte – não existem como estado permanente, e se conseguires aceitar essa realidade com sobriedade irás gozar esses instantes na sua totalidade!

E os dias, os anos, vão passar e vais percebendo que ainda há tanto para conhecer, para aceitar, para mudar e que o que hoje é uma certeza, amanhã perde todo o sentido…é um constante devir e é bom.

O que eu quero é que hoje ao leres estas palavras, não lhes dês demasiada importância porque na realidade é o tempo que lhes vai dar o seu valor, como a muita coisa na tua vida.

Beijos muitos Joaninha cor-de-rosa.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Conversa do Tiago, 4 anos, com um espécie de Lego na mão, medidas 5 x 5 cm:

Tiago - Quem me dera que isto fosse uma casa de animais!

Avó Mia - Ah! Pois, era giro! Então e que animais é que punhas lá dentro?

Tiago - Um macaco, um leão, outro leão e dois tigres.

Avó Mia - E um cavalo?

Tiago - Ah, pois, um cavalo também.

Avó Mia - Então e um cão, não querias um cão?

Tiago, de Lego em riste - Ó Avó! Olha para isto! Tu achas que um cão cabia aqui?!

E aqui o meu riso soltou-se e o meu coração derreteu-se todo (mais do que o costume), pois não há como evitar de imediato a recordação do Pequeno Príncipe com o seu desenho da jibóia que tinha engolido um elefante.

Que pena perdermos esta espantosa capacidade de sonhar!

domingo, 26 de abril de 2009

faz-me rir

Romantismo
Ela - Estamos casados há mais de 20 anos e nem uma jóia me compraste.
Ele - Sabia lá que vendias dessas merdas...

É lindo, sim senhora minha Mãe



É pau
é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É um caco de vidro
É a vida é o sol
É a noite é a morte
É um laço é o anzol...
É peroba do campo
É o nó da madeira
Caingá, Candeia
É o matita-pereira...
É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É um mistério profundo
É o queira ou não queira...
É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga é o vão
Festa da Cumeeira...
É a chuva chovendo
É conversa ribeira
Das águas de março
É o fim da canseira...
É o pé é o chão
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira...
É uma ave no céu
É uma ave no chão
É um regato é uma fonte
É um pedaço de pão...
É o fundo do poço
É o fim do caminho
No rosto um desgosto
É um pouco sozinho...
É um estrepe é um prego
É uma ponta é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta é um conto...
É um peixe é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando...
É a lenha é o dia
É o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhaço na estrada...
É o projeto da casa
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama é a lama...
É um passo é uma ponte
É um sapo é uma rã
É um resto de mato
Na luz da manhã...
São as águas de março
Fechando o verão
E a promessa de vida
No teu coração...
É uma cobra é um pau
É João é José
É um espinho na mão
É um corte no pé...São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É um passo é uma ponte
É um sapo é uma rã
É um belo horizonte
É uma febre terçã...
São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
-Pau, -Edra, -Im, -Inho-Esto, -Oco, -Ouco, -Inho-Aco, -Idro, -Ida, -Ol-Oite, -Orte, -Aço, -Zol...São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...

Psicologia para Totós Parte II


Às vezes tenho uma propensão um pouco idiota para tentar explicar situações as quais eu sei inexplicáveis, pois já foram mais que ruminadas e resolvidas pela sua inerente e quem sabe desnecessária falta de justificação.

Bem, o que eu sei é que há pessoas com respeitáveis distúrbios emocionais.
Há pessoas cuja personalidade é caracterizada pela desordem, pela emoção do momento, o que interessa é o aqui e agora e depois logo se vê – ou seja, agem sem pensar.
Estas pessoas destilam impulsos, são imprudentes e impetuosas. Avançam para situações infrutíferas, das quais sabem à partida que não vão chegar à meta.
Estas pessoas conseguem mesmo perturbar quem as rodeia devido a tanta precipitação - o que as impele? o que lhes turva o raciocínio naquele momento crucial em que decidem dar saltos sem rede ou corda de segurança? Sim, porque não vão ao engano. Não estou a falar de seres ingénuos que se deixam ludibriar pelas mais diversas situações, estes de quem falo sabem irrepreensivelmente o que devem ou não fazer, e até pensam em fazer o que sabem ser mais racional, mas no momento de decidirem há algo que as supera…a adrenalina do momento é mais forte do que o provável futuro arrependimento.
Não se pode ter tudo, mas será que isso não é óbvio? Por muito que se queira e até que se consiga, por um dia, viver num conto de fadas, no dia a seguir a tua vida está lá de pedra e cal e se não queres que se desmanche que nem um castelo de areia, há cedências que tem que ser feitas.
Tudo tem o seu preço e viver com toda essa ardência também, resta saber se vale aquilo que custa. Mas como em tudo nestas vidas, se podes - faz, não fiques à espera.
Tenho a meu ver que estas são aquelas que pessoas que se diz serem mais propensas aos vícios – porque gozam excessivamente os deleites da vida.
A efemeridade dos prazeres: de um beijo enamorado, de um vestido encantado, de um fôlego que enche de coragem, de ser tudo uma miragem, de um fumar, de agradar ao paladar, de um abraço fortaleza, de nunca ter a certeza, de um olhar companheiro, de um doce prazenteiro, provar mais uma vez, de um beber a vida como nunca ninguém fez.
Um turbilhão de euforias que entorpecem a lógica, a explicação das ordem das coisas.
Falhas emocionais todos temos, e estas pessoas talvez as compensem desta forma um pouco mais arrojada.
Traço da personalidade que se pode tentar atenuar, aprender a lidar ao longo da vida, para qual até se podem arranjar tácticas de defesa, mas está lá, e quanto a isso nada a fazer.
Sou emocionalmente um distúrbio, mas de vez em quando consigo-me controlar. E Tu?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A TESÃO DA BLOGOSFERA!

Hoje (quando postar este texto terá sido ontem) levei o meu computador para o trabalho, com a mais despropositada fantasia que teria tempo para me fechar na “nossa” sala (a das gajas que lá trabalham) e blogosferar um bocadinho (só para matar o “bicho”), o que nunca dura menos de 2 horas – entre comentar os comentários aos nossos posts, comentar posts dos blogs vizinhos e visitar mais uns quantos, isto claro se não formos postar nada! Mas, evidentemente, o máximo que consegui foi colocá-lo lindinho em cima da mesa e pronto, lá ficou ele a olhar para mim.

Porque esta merda é um vício e todos sabemos isso, o estado devia custear umas “salas de chuto” à malta, tirar-nos 2 horas de trabalho diário (assim como quem está a dar de mamar ;-), e subsidiar uma gaja que viesse cá a casa fazer o jantar, arrumar, lavar a loiça – essas coisas para eu ter tempo para me entregar ao estrago.


Ora, até aqui tudo normal - acontece que resolvi vir para casa e deixar lá o meu bichinho, devia estar num daqueles momentos em que nos convencemos que não “precisamos” assim tanto – que disparate! Claro que entre o jantar e a roupa tive que ligar o INTOCÁVEL MAC (claro que o dono não está em casa) e dar só uma espreitadela…Pois logo hoje, logo hoje caralho, que me deram um prémio!
É pá, fiquei tão contente!.. e fodida, pois tá claro, limitei-me a agradecer ao FORTEIFEIO e depois furiosa de BIC em punho lancei-me à minha MOLESKINE e aqui vai disto.

É porque isto de escrever e ser escrito, ler e ser lido é muito fixe!

Mas este foi-me oferecido assim…humm que bom.
Desculpar-me-á quem me conhece, mas o facto de ser um presente de um desconhecido da vida real, dá-lhe um valor acrescido.
FORTEIFEIO adoro-te, adoro-te, adoro-te! Vou-te bajular para o resto da blogovida!

Os meus prémios vão para:
FORTEIFEIO - desculpa lá, mas se não tem regras, não tem regras - por isso agradeço e retribuo


Atenção que os eleitos são-no porque gosto deles como pessoas (e como estes prémios não têm regras…é uma maravilha), não tem a ver com o conteúdo dos seus blogues, embora obviamente também goste, pois foi isso em 1º lugar que me fez conhecê-los melhor.

A isto chama-se a TESÃO DA BLOGOSFERA.

P.S. têm que nomear 5 ou 10 ou quantos blogues quiserem, isto é tipo uma corrente da amizade, por isso sejam amigos, não quebrem a corrente ou vai-vos acontecer nada...e isso é uma seca!
ahhh...já agora aqui está o prémio: