terça-feira, 24 de março de 2009

O meu filho disse


- Tiago, anda tomar o Xarope!

(corre, e esconde-se debaixo da mesa da sala - que por acaso é transparente)

- Não estou cá!

- Está bem, não estás cá, mas anda tomar o xarope!

(aproxima-se com um ar que mistura indignação e tristeza)

- Mas porque é que quando não estamos cá, temos que tomar o xarope na mesma?

quarta-feira, 18 de março de 2009

Aos 30...



Há quase 10 anos atrás a minha então patroa, numa daquelas conversas em que arriscávamos ou fantasiávamos (às vezes é difícil de distinguir) ter mais do que apenas uma afinidade laboral, profetizou com a ajuda de dúbios apontamentos e ensinamentos que o meu sucesso seria alcançado aos 30 anos de idade.
Convenientemente e porque sou uma descrente muito crente na minha irreligião, pensei “Balelas! Quem acredita em tais baboseiras? Conjugação de astros, movimentos do universo, planetas e cometas, linhas da mão e mil e uma tretas!"


Convenhamos, ninguém quer “engolir” que tem que esperar 7 longos anos pelo sucesso, aquilo até parecia que tinha partido algum espelho em casa !


Sete longos anos que passaram a correr, na altura que ainda tinha um pouco da pretensão dos 20 achava que ia conseguir tudo amanhã, mas agora que já estou na casa dos 30 +3 e acho que estou no meu melhor ;-), acho que afinal até consegui alcançar muito boa coisa em pouco tempo e até acho que sou uma gaja cheia de sorte…vejam lá!
Reduzindo, aquelas perguntas existenciais “Quem sou eu? / De onde venho? / Para onde vou”, não, não faço a puta da ideia! Mas se perguntarem aquela mais básica “Sinto-me realizada?” – a essa eu respondo um grande SIM!
Graças a Deus continuo um ateu ;-), mas a profecia concretizou-se. Claro que poderíamos aqui dissertar sobre o que é considerado sucesso e a que níveis e mais não sei o quê, mas como o sucesso (seja lá o que isso for) é meu, e o blogue também…que se lixe.



Vejamos:



O meu filho já anda na escolinha - classificada como Jardim de Infância, Creche, Infantário… - o que quiserem, o interessante aqui é que aos 30 já consegui aceitar que (im)perfeitos desconhecidos irão estar com o meu filho mais horas do que eu!



Aos 30 deixei de fumar …é fodido de todas as maneiras e feitios, difrente, ditrás, dos lados…



Aos 30 engordei…é fodido.



Aos 30+2 emagreci…é fodido de conseguir.



Aos 30 tenho o meu negócio, o que se traduziu em 2 pequenas mas muito importantes realidades. A 1ª foi premeditada ;-) - não tenho Patrões (dasse…). A 2ª fez parte da jogada e saiu-me a sorte grande – dá-me o gozo o meu trabalho, o que em grande parte se deve às criaturas estupendas com quem trabalho (sem excepção), são umas miúdas fabulosas! Valem bastante mais do que esta linha, talvez uma enciclopédia, mas teremos que ficar por um post...tá? (aqui está uma promessa…ou aliás 3!)



Aos 30 estou feliz por ter feito muita merda aos 20, o que me faz aceitar sem dramas que já não tenho idade para certas coisas



Aos 30 não me lembro de me arrepender daquilo que não fiz



Aos 30 contínuo a acreditar que tenho a melhor Mãe do mundo



Aos 30 sei que a década vivida com o meu homem, valeu por si mesma, pois continua a ser o meu homem… com muito gosto e tesão (já agora ;-)



Aos 30 a mana do coração continua a sê-lo, sobrevivendo, como previsto, a ventos e tempestades




Aos 30 ainda acredito que as acções ficam com quem as pratica e por isso tento ser uma gaja porreira para com o próximo, vá lá...não custa nada.



Aos 30 … acho que até aos 60 vai ser sempre a abrir!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Excelente

Aquela sensação de “Facada nas costas…”

Que tema tão batido fui eu escolher , mas o que se há-de fazer? Seguindo.
Vamos lá ao que interessa, conversas de ir ao cú (há muitas...):

- Serias capaz de me trair?
- Claro que não amor.
- Mas se isso acontecesse dizias-me?
- Se isso acontecesse era porque já te amava e se não te amasse não estaria contigo, logo não teria nada para te dizer.
- Ohhh amor....

Bullshit!

Se não queres saber, não perguntes!

Quem, quem em nome de Deus, vai responder:
- Depende das circunstâncias (isto se for alguém dentro da média, do digamos “normal”)
Ou:
- Claro! Na 1ª oportunidade amor!
Ou ainda:
- Foram só 23 vezes amor, mas não significaram nada para mim!

Se não queremos que nos mintam há certas perguntas que não são para ser feitas. Ou sim, se gostas de ouvir mentiras, pergunta à vontade! (já dizia o outro - não sei quem - há 3 ocasiões em que eles te vão sempre mentir: "Vou amar-te para sempre!", "Nunca te vou mentir!" e por último, mas não menos importante "Chupa, chupa que eu aviso!" ).
Para ser mais precisa, acho que todos o seriamos, somos, capazes de o fazer. Sim, sim, até aquela tua vizinha “cona mole” que tu imaginas já com teias de aranha!
Ok! Não precisam de vir ofendidos jurar que nunca o fizeram. Isso é lá convosco. Sim, tá bem, pronto eu acredito! Mas nunca, em circunstância alguma, seriam capazes de o fazer?

Livra-te das ocasiões, que eu livrar-te-ei das tentações (é assim? Bem, se não é, devia ser!)

Somos nós, homens, mulheres, pessoas. Está na nossa essência sentirmo-nos atraídos pelo sexo oposto ou não (isso cada um é como cada qual), depois temos a cabecinha atafulhada de conceitos de merda que nos dizem que está mal, que isso não se faz. Pois, mas faz-se.
E se alguém o faz é porque não gosta/respeita a outra pessoa? Mas não respeita tendo em conta os princípios de quem, os seus ou os do outro? E se os princípios não forem os mesmos?

E se o outro gostar mesmo de ti, mas naquele momento estavam chateados, ou estavam indiferentes, ou estavam numa fase má (seja lá o que isso for), ou não estavam (sim, porque mesmo que estejas separada dessa pessoa o sentimento de posse está lá – só desculpas com mais facilidade porque não estás tão preocupado com o que os outros vão achar)?!?!

Sim, acho que a ideia de que devemos ser monogâmicos é um conceito artificial criado pela sociedade e anti-natura. Isso quer dizer que se soubesse que o meu marido me traia o aceitaria de bom grado? Não.
Porque para além do nosso instinto animal nos fazer sentir atraídos por mais do que uma pessoa ao longo da nossa vida, também nos fez herdar algo que é uma verdadeira merda: os ciúmes! E estas coisas do instinto animal não são fáceis!
Se seria capaz de perdoar uma traição? Provavelmente mas, como a experiência e a minha mãe me ensinaram a perdoar muito e a esquecer pouco, prefiro não saber. Sim, sim. Longe da vista, longe do coração. A verdade é que se o meu marido me der uma facadinha (olha o termo tão amoroso!) nas costas, prefiro nem saber! Depois tenho que o desculpar e viver com aqueles pensamentos imundos (que nojo!), terei que lho atirar à cara várias vezes e sempre que a discussão estiver acesa e não tiver mais nenhuma arma de arremesso, enfim uma chatice!
Já dizia o meu amigo Friedrich, sim o Nietzsche (;-): “Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.” – e isto é uma treta não vale de nada!
Ou seja, o lema é negar tudo até ao fim!

Mas atenção, à vontade não é o mesmo que à vontadinha, se o gajo me pusesse os cornos à grande era bom que eu soubesse, para o poder esfaquear todo, não era só nas costas! Mas todos nós sabemos que quando a traição é prolongada ou repetida inúmeras vezes….”O pior cego é aquele que não quer ver!”, não há volta a dar-lhe!

E aqueles que o confessam? Não se iludam, há duas hipóteses meus amigos!

1ª É só para limparem a puta da consciência! Porque têm as ideias e conceitos e valores todos baralhadinhos e não foram suficientemente castos para o deixarem de fazer mas agora morrem de medo de arderem no inferno… Ou simplesmente cagados de medo de serem apanhados (e quem diz a verdade não merece castigo)!

2ª Querem baldar-se, isso…dar de frosques, mas não “os” têm no sítio certo (desculpem o termo másculo, deve neste contexto aplicar-se a ambas as espécies). Assim, esperam serem objectivamente apanhados e rezam para que o outro não os perdoe…temos pena que a grande maioria das vezes não funciona….

Resumindo e baralhando…Eu não quero aqui fazer de cabra insensível, ou de sou-muito-à-frente-gosto-é-que-me-ponham-os-cornos, mas não tenho muita paciência para falsos moralismos e ingenuidade quanto baste.
Ninguém gosta de se sentir traído, mas andar a apregoar princípios cheios de moral e bons costumes, certezas de fidelidade e outras afirmações começadas por NUNCA…poupem-me, já não há cú que aguente!


Dear all,

Due to the current financial crisis facing the world,
the light at the end of the tunnel will be switched off to save on electricity costs, until further notice.

Sincerely yours,

God

Atitude

Sinceramente!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Só para quem os ama perdidamente

Hoje, li um post que me fez sentir inveja. Não aquela inveja feia, aquela em queremos só para nós, não. A pessoa em causa tem todo o direito de sofrer a sua perda, a questão que se coloca é que eu tenho inveja de já não sofrer… Porque a verdade é que só deixas de sofrer quando morres e eu morri um bocadinho.

Aquele bocadinho que alguns de nós (nem todos) têm de amar perdidamente os nossos "bichanos". Teve que ser! Egoísmo? Talvez! Será que a minha capacidade de amar não era assim tão grande? É provável! Eu cá atiro as culpas ao meu homem, sem dúvida nenhuma. Pois, não sei se estou a ser injusta, infantil – e não quero saber!
O que eu sei é que o facto de não poder ter gatos, cães e afins dentro de casa e porque tenho um quintal e “lá é que é o sitio deles” (pelo menos é o que diz "aquele" que vive cá em casa!), fez com que me afastasse, para não sofrer por não lhes dar todo o conforto e calor de uma casa e porque na realidade, e aqui é que entram os “Brutal Facts”, dá muito mais trabalho dedicares-te quando não está mesmo ali à mão, quando para dares um carinho tens que estar lá fora ao frio ou à chuva, ou então dás carinhos sazonais – só quando está bom tempo – ou quando não estás demasiado cansada. É tão fácil sentarmo-nos no nosso sofá e deixá-los vir ter connosco!

Desde que aqui vivo, tive um cão, 2 gatos, vários ratos, rolas e uma tartaruga. Não, desculpem, na verdade só tive um cão, porque depois de sofrer o meu cão, sim foi depois que morri esse tal bocadinho. Porque não sabia o que era não amar os nossos animais, não sabia o que era tê-los simplesmente, talvez tenha sido esse o erro. Eu amei o meu Billy e tive que ir matando esse amor aos bocadinhos, porque tê-lo na “rua” era demasiado doloroso, e deixei de lhe dar a atenção que eu achava que ele merecia, e procurei melhores donos para ele - ou será que só queria era tirar aquele peso da consciência? Será que ele não preferia viver sozinho num quintal onde a dona ingrata dele o visitava (quando não estava demasiado cansada ou ocupada), do que numa quinta (“chique”) na Praia das Maçãs? Se calhar preferia, se calhar foi por isso que fugiu e nunca mais soube dele, se calhar é esse o meu castigo…eterno. Irei para sempre sofrer só pelo Billy e pronto fechei o meu coração a outros animais.
Entretanto tive ratos, gatos para apanhar os ratos, rolas moribundas que os gatos caçam e que invariavelmente ficam a morrer na minha casa-de-banho, quando ainda as consigo tirar com vida das garras dos felinos e agora a Lolita.

Sei que só aqueles (nem todos) que têm a capacidade de amar perdidamente os nossos "bichanos", me compreendem ou julgam e condenam ou não. Os outros, como aquele que vive cá em casa ;-) dirão: que disparate! É só um cão! Não, não é só um cão! Era o meu cão! E agora que já escrevi, já chorei…mais não digo!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Do que é que estás a falar?

Essa coisa do efeito borboleta, a teoria do caos, de que tudo está ligado, de que tudo tem as suas consequências e não há coincidências…

Ora vejamos. Só a título de exemplo.
Outro dia numa amena cavaqueira, diz a Mia, sim a senhora minha mãe, porque é que não escreves um post sobre a emocionante vida da Lolita? Gozava com a minha cara, tá visto! Pois se eu me queixava da falta de energia da bicha, sim e ainda por cima ela não está a hibernar, mas olhem que engana bem!


No entanto, a verdade é que num momento mais intimo e de uma pachorra quase kaflkiana (alguém consegue imaginar o que isso seja? Conseguem?! Bem me parece, alguns de vocês batem tão mal quanto eu) – retomando, neste instante de ternura humana/animal esperei ansiosamente que Lolita me tocasse, que distendesse o seu longo e estranho pescoço até alcançar o meu dedo e me contemplasse com aqueles pequenos olhitos (que não têm puta de expressão nenhuma!) – esperei inclusive que me mutilasse o dedo para ver se tornava a coisa mais mexida (ouvi dizer que são carnívoras – ah! Só se comerem caracóis! E não sei se a isso se pode chamar carne!).
Após longos e tortuosos minutos a besta praticamente abalroou-me, acho mesmo que desloquei o pulso, e embora não me tenha dado o deleite de sentir a sua ferradela – digo-vos: foi um momento quase E.T!

Estão a sentir a excitação? Não? Foda-se! Não percebo porquê!


Bem, mas retomando a teoria da Borboletinha, a verdade é que estava eu aqui meditar sobre o post para a Lolita e a pensar que é mais fácil escrever um post sobre a sua louca existência do que sobre certas pessoas que nem o raio da tartaruga conseguem acompanhar.


Há pessoas que não agem, nada, puf!


Podiam, quando estimuladas de alguma forma, reagir vá! Já não custa tanto! Seria à partida algo intrínseco (tipo experiência de Pavlov), mas não, nem com comidinha lá vão!
Já a minha tartaruga no mínimo (e no máximo, confesso) reage a movimentos “bruscos” (brusco = movimento cuja aceleração seja igual ou superior a 1cm p/ minuto – e olha que isto demora bué!), abrigando-se na sua carapaça.
Mas há criaturas (Será que são pessoas? talvez sejam estes seres apenas observadores de outros planetas – ora aqui está o E.T. outra vez! Coincidência ou consequência?) que têm sempre aquela expressão meio aparvalhada, que não é de alegria, nem de tristeza, nem de ilusão ou desilusão, é de nada (como se isso existisse)!
Com estas pessoas (?) normalmente não se consegue ter uma conversa, pois só emitem sons que não chegam a ser onomatopeias, limitam-se aos “Humm, Humm”, Ah! E também dizem “é” e “pois”.Ok, vamos retirar a população que anda a anti-depressivos e outros anestesiantes, que ainda é com certeza, uma percentagem considerável – digo com certeza pois isto funciona tudo como as estatísticas, se tiveres em conta o número de pessoas que conheces e que em algum momento já tomaram antidepressivos, e depois considerares essa amostra válida para o resto da população…é assustador.


Pronto, há esta percentagem com uma desculpa admissível. Mas depois há aqueles que nascem assim! Não dá para acreditar! Como é que podem passar pela vida naquele estado de coma? É depressivo, pensar nisso. Será que não vivem com medo de morrer?


Tantos e tantos estímulos que me gritam: ESTÁS VIVA! Outros que me inspiram a ser melhor, alguns libertam-me o fel (dificilmente), fazem-me rir à gargalhada ou ficar desconfiada. Metem-me nojo, deixam-me agoniada. Derretem-me o coração ou amachucam-no sem compaixão. Tudo importa, tudo faz parte, todas essas trivialidades…tudo, no fim fará sentido…tal como o efeito Borboleta.

Ahh, pois…Ora estava eu a falar da teoria do caos, essa coisa do efeito borboleta…acho que me enganei, o que eu queria mesmo dizer é que as palavras são como as cerejas!..é parecido, vá!


P.S. O post sobre a Lolita...ahhh, pois.

Tens Aquário? Então és paneleiro!

dois amigos que já não se viam há tempo encontram-se e pergunta um..
-então que fazes na vida?
responde o outro-tirei um curso de "lógica"...
-"lógica" diz o outro...mas que merda é essa...
- olha é assim... tens aquário?
- tenho...- então se tens aquário é lógico que gostas de peixes?
- claro
- se gostas de peixes é lógico que gostas da natureza...
- uhm uhm....
- então se gostas da natureza é claro que gostas de mulheres
- pois tá claro que gosto e muito
- pronto a lógica é isto
Foram-se cada um pra seu lado e passado um pouco o outro encontra outro ex-colega e diz-lhe:
- Epá encontrei o Duarte e sabes que ele tirou um curso de lógica?
- mas que merda é essa?
- é assim... tens aquário?
- Não
- Beemm...então és paneleiro

terça-feira, 3 de março de 2009

Confesso...


Escrever.

Quando se celebra, quando se reivindica, quando se lamenta, quando se chora, quando se enaltece, quando se explode….

Há quem beba, há quem bata, há quem faça sexo, há quem grite, há quem amue, há quem fume, há quem dance, há quem cante…eu já fiz, eu faço muita coisa (umas melhores, outras piores), mas confesso que escrever é uma das que mais me encanta e compensa.

Porque se adapta a quaisquer estados de espírito, não preciso de companhia, nem tão pouco de atenção, não me custa um tostão, não sofro de ressaca, nem de desilusão e posso fazer de arrependida…voltar atrás e apagar, reescrever e voltar a ler.

Escrever é bom porque sim.
Não tem que ser uma atitude extremista, mas pode sê-lo.
Podes ESCREVER A GRITAR e toda a gente percebe que não estás para amar.
Podes fazê-lo assim, aos soluços digamos.
Uma frase aqui outra ali, palavras salpicadas, sem grandes construções.
Não dá tanto trabalho e facilita a vida de quem lê, a malta fica agradecida.

Ou podes fazer de Saramago e escrever mais e mais sem nunca descansar parágrafos e páginas sem deixar respirar talvez consigas mesmo que alguém se sinta com falta de ar por te ler e ler sem parar … E sim há também esta parte brega que é a de fazer rimar.

Armar aos cucos com palavreado pomposo e pedante, escrever sem nada dizer.

Soltar tudo, tudo bem lá do fundo.
Desamarrar os medos e arrependimentos
Dar asas aos contentamentos
Tanta, tanta coisa, que recompensa

Mas confesso que escrever…
Escrever é bom, dá prazer. E as palavras, essas são umas oferecidas, insolentes! Dão-se a qualquer tipo de brincadeiras, isso é que é!
É então, quando já não lhes resisto, que entra este lado de exibição.
E se vejo com curiosidade os comentários que me deixam,
E se gosto que perfeitos desconhecidos opinem no meu espaço,
E se gosto que me visitem só porque sim
A verdade, confesso, que nada mais me satisfaz do que ouvir-vos dizer (sim, do verbo ouvir e desta vez não é ler, nem escrever, nem postar, nem enviar um mail, nem um SMS) ao vivo e a cores, minhas queridas “tudo” que vos fiz rir, que vos fiz chorar – que vos abracei mesmo que ao de longe com estas nossas palavras de quem eu tanto gosto de abusar.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Conversa de ... SMS's

O jantar realizou-se, não dentro de secretismo esperado, mas lá foi.
Boa comida portuguesa no Bairro Alto, seguida de degustação de imensos líquidos com graus de álcool variadíssimos, acabamos num daqueles armazéns ali na zona junto ao rio, cujo nome não interessa pois mais coisa menos coisa são todos iguais e aquela hora ninguém quer mesmo saber - noite de mulheres ou Ladies Night que é mais chique(!), bebes à borla, qualidade duvidosa mas também já não interessa nada...
Situação: três continuam a tentar perceber se aquelas bebidas não prestam mesmo ou se é só impressão, duas acreditam mesmo que é verdade pois começam a sentir-se mal e saem...



SMS

Ana Carolina (04:22): Vou fikar aki...nao tou mt bem e tenho k fikar bem pa levar o karro..curtam ai..hehe


(vai-se lá perceber! é + fácil escrever "fikar" do que "ficar", qualquer pessoa vê isso e vê também que ela tem menos 10 anos que eu...)

Ana Carolina (04:28): Tras o meu casaco



Ana Carolina (04:44): Ja vomitei


Eu (04:45:32): (Nada para apresentar)


Eu (04:45:49): (Nada para apresentar)


(vê-se que eu não estava a ver muito bem...)

Ana Carolina (04:47): K é? ta em branco a msg. a joana ja arroxou

Eu (04:47): Vais voltar?

Ana Carolina (04:47): Nop nao consigo...tamos aki... voces tao a curtir? lol fdx voces desgraxaram-me hoje

(fdx - será foda-se?)


Após esta conversa inteligente saímos, cada uma foi para sua casa e quando abri a porta de casa, ouvi uma voz celestial (digo celestial, porque pensei que estava a alucinar...), o meu filho disse: Mãe, posso levantar-me, posso ver os desenhos mimados?
Foi neste momento que me arrependi seriamente de não termos cumprido o combinado, mas estávamos tão bêbadas que não nos lembrámos de trocar de casa!!!