sexta-feira, 6 de março de 2009

Aquela sensação de “Facada nas costas…”

Que tema tão batido fui eu escolher , mas o que se há-de fazer? Seguindo.
Vamos lá ao que interessa, conversas de ir ao cú (há muitas...):

- Serias capaz de me trair?
- Claro que não amor.
- Mas se isso acontecesse dizias-me?
- Se isso acontecesse era porque já te amava e se não te amasse não estaria contigo, logo não teria nada para te dizer.
- Ohhh amor....

Bullshit!

Se não queres saber, não perguntes!

Quem, quem em nome de Deus, vai responder:
- Depende das circunstâncias (isto se for alguém dentro da média, do digamos “normal”)
Ou:
- Claro! Na 1ª oportunidade amor!
Ou ainda:
- Foram só 23 vezes amor, mas não significaram nada para mim!

Se não queremos que nos mintam há certas perguntas que não são para ser feitas. Ou sim, se gostas de ouvir mentiras, pergunta à vontade! (já dizia o outro - não sei quem - há 3 ocasiões em que eles te vão sempre mentir: "Vou amar-te para sempre!", "Nunca te vou mentir!" e por último, mas não menos importante "Chupa, chupa que eu aviso!" ).
Para ser mais precisa, acho que todos o seriamos, somos, capazes de o fazer. Sim, sim, até aquela tua vizinha “cona mole” que tu imaginas já com teias de aranha!
Ok! Não precisam de vir ofendidos jurar que nunca o fizeram. Isso é lá convosco. Sim, tá bem, pronto eu acredito! Mas nunca, em circunstância alguma, seriam capazes de o fazer?

Livra-te das ocasiões, que eu livrar-te-ei das tentações (é assim? Bem, se não é, devia ser!)

Somos nós, homens, mulheres, pessoas. Está na nossa essência sentirmo-nos atraídos pelo sexo oposto ou não (isso cada um é como cada qual), depois temos a cabecinha atafulhada de conceitos de merda que nos dizem que está mal, que isso não se faz. Pois, mas faz-se.
E se alguém o faz é porque não gosta/respeita a outra pessoa? Mas não respeita tendo em conta os princípios de quem, os seus ou os do outro? E se os princípios não forem os mesmos?

E se o outro gostar mesmo de ti, mas naquele momento estavam chateados, ou estavam indiferentes, ou estavam numa fase má (seja lá o que isso for), ou não estavam (sim, porque mesmo que estejas separada dessa pessoa o sentimento de posse está lá – só desculpas com mais facilidade porque não estás tão preocupado com o que os outros vão achar)?!?!

Sim, acho que a ideia de que devemos ser monogâmicos é um conceito artificial criado pela sociedade e anti-natura. Isso quer dizer que se soubesse que o meu marido me traia o aceitaria de bom grado? Não.
Porque para além do nosso instinto animal nos fazer sentir atraídos por mais do que uma pessoa ao longo da nossa vida, também nos fez herdar algo que é uma verdadeira merda: os ciúmes! E estas coisas do instinto animal não são fáceis!
Se seria capaz de perdoar uma traição? Provavelmente mas, como a experiência e a minha mãe me ensinaram a perdoar muito e a esquecer pouco, prefiro não saber. Sim, sim. Longe da vista, longe do coração. A verdade é que se o meu marido me der uma facadinha (olha o termo tão amoroso!) nas costas, prefiro nem saber! Depois tenho que o desculpar e viver com aqueles pensamentos imundos (que nojo!), terei que lho atirar à cara várias vezes e sempre que a discussão estiver acesa e não tiver mais nenhuma arma de arremesso, enfim uma chatice!
Já dizia o meu amigo Friedrich, sim o Nietzsche (;-): “Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.” – e isto é uma treta não vale de nada!
Ou seja, o lema é negar tudo até ao fim!

Mas atenção, à vontade não é o mesmo que à vontadinha, se o gajo me pusesse os cornos à grande era bom que eu soubesse, para o poder esfaquear todo, não era só nas costas! Mas todos nós sabemos que quando a traição é prolongada ou repetida inúmeras vezes….”O pior cego é aquele que não quer ver!”, não há volta a dar-lhe!

E aqueles que o confessam? Não se iludam, há duas hipóteses meus amigos!

1ª É só para limparem a puta da consciência! Porque têm as ideias e conceitos e valores todos baralhadinhos e não foram suficientemente castos para o deixarem de fazer mas agora morrem de medo de arderem no inferno… Ou simplesmente cagados de medo de serem apanhados (e quem diz a verdade não merece castigo)!

2ª Querem baldar-se, isso…dar de frosques, mas não “os” têm no sítio certo (desculpem o termo másculo, deve neste contexto aplicar-se a ambas as espécies). Assim, esperam serem objectivamente apanhados e rezam para que o outro não os perdoe…temos pena que a grande maioria das vezes não funciona….

Resumindo e baralhando…Eu não quero aqui fazer de cabra insensível, ou de sou-muito-à-frente-gosto-é-que-me-ponham-os-cornos, mas não tenho muita paciência para falsos moralismos e ingenuidade quanto baste.
Ninguém gosta de se sentir traído, mas andar a apregoar princípios cheios de moral e bons costumes, certezas de fidelidade e outras afirmações começadas por NUNCA…poupem-me, já não há cú que aguente!


2 comentários:

  1. Já estou como o outro: tantas letras! Mas pronto, puseste uns bonecos pelo meio.
    Pois a verdade é que os instintos são lixados: e o meu agora era ir fumar um cigarrito! Beijos.

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