Mil e tantas desculpas para escrever, e apenas duas para não o fazer...tempo e prioridades.
Sim, sim, não me venham com lérias, é preciso ter tempo, mas acima de tudo a última questão é: o que é que tu fazes com esse tempo?
Fazes as 236 tarefas em casa ou fazes só uma e deixas as 235 que restam para depois , fazes uma paparoca decente ou dás Cerelac à malta para jantar?
E depois há a preguiça, porque escrever me exige muitos parágrafos e páginas, e dias e dias, até que a coisa começa a sair naturalmente mais ou menos bem.
É como voltar a fumar, os primeiros cigarros não te satisfazem, mas insistes até que inevitavelmente há um dia em que acendes um cigarro e sabe-te tão bem que volta a fazer sentido e percebes porque é que é tão bom. E depois fumas o que te sabe bem e o que não te sabe, e escreves o que vale a pena e o que não interessa a ninguém...
Como não tenciono voltar a fumar, pensei talvez voltar a escrever.
Porque serve para exorcizar os meus fantasminhas… E principalmente, é muito importante para me ajudar a relativizar, relativizar tudo o que pode fazer a diferença entre chegar ao fim do dia com os cabelos em pé ou feliz por ter vivido mais um dia.
Porque quando nos lemos, mais facilmente percebemos quando estamos a fazer uma tempestade num copo de água, quando estamos a ser umas verdadeiras cabras.
Mas isto de voltar a escrever não é fácil, já lá vão dois anos desde que "postei" pela última vez, e tinha outra disponibilidade e já ía embalada. Sim, que isto dos posts tem uma técnica, principalmente quando não és especialista em coisa nenhuma, não há um tema especifico que faça desenrolar a conversa…ainda há-de haver uma cadeira nas faculdades “Técnica de postar quando não se tem nada para dizer”, se calhar pensando já há qualquer coisa parecida como “escrita criativa” deve ser algo por aí.
Bem, mas que se lixe. Agora já está...não há nada a fazer.