quarta-feira, 4 de março de 2009

Do que é que estás a falar?

Essa coisa do efeito borboleta, a teoria do caos, de que tudo está ligado, de que tudo tem as suas consequências e não há coincidências…

Ora vejamos. Só a título de exemplo.
Outro dia numa amena cavaqueira, diz a Mia, sim a senhora minha mãe, porque é que não escreves um post sobre a emocionante vida da Lolita? Gozava com a minha cara, tá visto! Pois se eu me queixava da falta de energia da bicha, sim e ainda por cima ela não está a hibernar, mas olhem que engana bem!


No entanto, a verdade é que num momento mais intimo e de uma pachorra quase kaflkiana (alguém consegue imaginar o que isso seja? Conseguem?! Bem me parece, alguns de vocês batem tão mal quanto eu) – retomando, neste instante de ternura humana/animal esperei ansiosamente que Lolita me tocasse, que distendesse o seu longo e estranho pescoço até alcançar o meu dedo e me contemplasse com aqueles pequenos olhitos (que não têm puta de expressão nenhuma!) – esperei inclusive que me mutilasse o dedo para ver se tornava a coisa mais mexida (ouvi dizer que são carnívoras – ah! Só se comerem caracóis! E não sei se a isso se pode chamar carne!).
Após longos e tortuosos minutos a besta praticamente abalroou-me, acho mesmo que desloquei o pulso, e embora não me tenha dado o deleite de sentir a sua ferradela – digo-vos: foi um momento quase E.T!

Estão a sentir a excitação? Não? Foda-se! Não percebo porquê!


Bem, mas retomando a teoria da Borboletinha, a verdade é que estava eu aqui meditar sobre o post para a Lolita e a pensar que é mais fácil escrever um post sobre a sua louca existência do que sobre certas pessoas que nem o raio da tartaruga conseguem acompanhar.


Há pessoas que não agem, nada, puf!


Podiam, quando estimuladas de alguma forma, reagir vá! Já não custa tanto! Seria à partida algo intrínseco (tipo experiência de Pavlov), mas não, nem com comidinha lá vão!
Já a minha tartaruga no mínimo (e no máximo, confesso) reage a movimentos “bruscos” (brusco = movimento cuja aceleração seja igual ou superior a 1cm p/ minuto – e olha que isto demora bué!), abrigando-se na sua carapaça.
Mas há criaturas (Será que são pessoas? talvez sejam estes seres apenas observadores de outros planetas – ora aqui está o E.T. outra vez! Coincidência ou consequência?) que têm sempre aquela expressão meio aparvalhada, que não é de alegria, nem de tristeza, nem de ilusão ou desilusão, é de nada (como se isso existisse)!
Com estas pessoas (?) normalmente não se consegue ter uma conversa, pois só emitem sons que não chegam a ser onomatopeias, limitam-se aos “Humm, Humm”, Ah! E também dizem “é” e “pois”.Ok, vamos retirar a população que anda a anti-depressivos e outros anestesiantes, que ainda é com certeza, uma percentagem considerável – digo com certeza pois isto funciona tudo como as estatísticas, se tiveres em conta o número de pessoas que conheces e que em algum momento já tomaram antidepressivos, e depois considerares essa amostra válida para o resto da população…é assustador.


Pronto, há esta percentagem com uma desculpa admissível. Mas depois há aqueles que nascem assim! Não dá para acreditar! Como é que podem passar pela vida naquele estado de coma? É depressivo, pensar nisso. Será que não vivem com medo de morrer?


Tantos e tantos estímulos que me gritam: ESTÁS VIVA! Outros que me inspiram a ser melhor, alguns libertam-me o fel (dificilmente), fazem-me rir à gargalhada ou ficar desconfiada. Metem-me nojo, deixam-me agoniada. Derretem-me o coração ou amachucam-no sem compaixão. Tudo importa, tudo faz parte, todas essas trivialidades…tudo, no fim fará sentido…tal como o efeito Borboleta.

Ahh, pois…Ora estava eu a falar da teoria do caos, essa coisa do efeito borboleta…acho que me enganei, o que eu queria mesmo dizer é que as palavras são como as cerejas!..é parecido, vá!


P.S. O post sobre a Lolita...ahhh, pois.

3 comentários:

  1. ai o que eu gostei ler-te!! beijos mil

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  2. pois, mama Mia..o dia só tem 24 horas, não dá para tudo - isso era bom, quando me pagavam para andar na net!

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